Curso de ROV Introdução Parte 1

I – PILOTAGEM:
 

O bom piloto é formado pela prática e experiência, porem existe características básicas que distinguem o bom piloto do mero “jogador de vídeo game”. A calma, sangue-frio, a atenção à responsabilidade, o conhecimento dos limites e potencialidades do veiculo que se tem em mãos, o  conhecimento dos detalhes da operação e das expectativas do cliente em relação a sua imagem, distingue o bom piloto.
 

O bom piloto é capaz de prever a imagem que o cliente vai precisar durante uma operação. Quando o controle de operação pede constantemente “ROV mostra isto”,“ROV mostra aquilo”, podemos desconfiar que o piloto não esta inteirado dos detalhes da operação que está sendo realizado.
 

O piloto deve ser preciso e rápido, para tal deve dominar bem o veículo que opera, ao mesmo tempo deve ser cuidadoso como um “câmera man”, uma imagem difícil que balança muito e varia constantemente é difícil de se acompanhar. O objetivo principal deve ser bem enquadrado e focalizado.
 

É importante observar que a mesma imagem que é fornecida ao cliente é usada pelo piloto para controlar e navegar o veículo em segurança. Um piloto inseguro ou que não domine bem o veículo, precisa checar constantemente seu umbilical, sua gaiola, sua posição no fundo do mar, etc., ou interromper constantemente a operação para livrar seu umbilical que ficou preso em alguma coisa.
 

O bom piloto num breve relance é capaz de formar na sua mente uma imagem precisa do local de trabalho identificando as situações perigosas que deve evitar. Determinar imediatamente ao sair da gaiola a influencia da correnteza no seu veiculo, sendo capas de avaliar sua direção e intensidade. Navega sempre pela melhor opção tanto para operação quanto para uma possível recuperação do veículo em caso de emergência.
 

A aprendizagem da pilotagem de um veículo submarino se assemelha ao aprendizado de direção de m automóvel. No inicio, precisa-se pensar em pisar na embreagem, na marcha que se vai usar, etc., com a continuação do uso do automóvel dirige-se sem precisar pensar no ato de dirigir, como se fosse uma coisa automática. Da mesma forma, no inicio da pilotagem só se consegue usar um comando de cada vez (subir ou descer, girar, pagar ou recolher o umbilical, etc.), toda a concentração esta no ato de pilotar. Com o tempo opera-se quatro comandos de uma só vez para levar o veículo onde se deseja sem precisar pensar no ato de pilotar, a concentração, neste período, pode estar toda voltada para a operação que está sendo realizada.